O Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, revelado por Allah ao nosso Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) por intermédio do anjo Gabriel é o último livro sagrado entregue para toda a humanidade, não apenas aos árabes e muçulmanos. O livro reforça as mensagens de Deus reveladas em todos os seus livros Sagrados anteriores.

O Alcorão sagrado é dividido em 114 suratas (capítulos), cada uma com seu tamanho e temas, que podem muitas vezes variar no decorrer da surata.

No Alcorão, Allah exorta os seres humanos de diversas formas, seja através da história dos profetas e dos crentes sinceros, seja falando sobre os pecadores e os povos destruídos por sua vontade devido à desobediência e incredulidade, mesmo tendo esses povos recebido mensageiros autênticos, mesmo presenciando milagres autênticos.

O Alcorão não é um livro de ficção, pelo contrário, é a mais pura verdade revelada pelo Criador dos céus e da terra. Ele só existe em árabe, mas é traduzido para as mais diversas línguas com seus significados. Portanto, ao lermos os significados do Alcorão em português, não estamos lendo o Alcorão verdadeiro, mas apenas o entendimento do autor, baseado em conhecimento do contexto e transmitido da melhor maneira possível com seu conhecimento da língua portuguesa.

O Alcorão é um livro que se renova. É possível lê-lo milhares de vezes e retirar mensagens de sabedoria que não havíamos extraído antes. Claro que, por ser um livro revelado ao longo de 23 anos, o Alcorão precisa ser interpretado dentro do devido contexto histórico, mas deve ser aplicado ao nosso cotidiano por meio do entendimento daqueles que estudam as ciências alcorânicas. É necessário o auxílio dos cheikhs para obtermos um aproveitamento real e saudável do conteúdo rico que ele possui.

Confira o Alcorão:

Alcorão com texto e áudio em vários idiomas: acompanhe o Alcorão em árabe, português, inglês, espanhol e em uma dezena de outros idiomas. Além disso, você poderá escutar o livro sagrado escolhendo o recitador de sua preferência.

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Alcorão transliterado: nessa seção você encontra o Alcorão transliterado e pode comparar com o árabe e o português.

Biografia do Profeta Mohammad

O nome do Profeta é Mohammad Ibn Abdullah, Ibn Abdul Muttalib, Ibn Háchem, Ibn Abd Zanat, Ibn Abd Kussay, Ibn Kilab, Ibn Murra, Ibn Kaab, Ibn Louay, Ibn Ghaleb, Ibn Fihr. Fihr foi o pai de Quraich e descendente de Ismail, cujo pai era Abraão.

O Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) foi o último enviado por Deus à humanidade.

Profecias bíblicas sobre o advento de Mohammad, o Profeta do Islam

As profecias bíblicas sobre o advento do Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) são evidências da verdade do Islam para as pessoas que acreditam na Bíblia. Em Deuteronômio 18, Moisés declara que Deus disse a ele: "Eu farei surgir um Profeta como tu entre teus irmãos; eu colocarei as minhas palavras em sua boca e ele dirá tudo que Eu o ordenar. Se alguém não ouvir as minhas palavras, que o profeta falará em Meu nome, eu chamarei esse alguém para prestar contas." (Deuteronômio 18:18-19)

Desses versos concluímos que o Profeta nessa profecia deve ter as seguintes características:

Será como Moisés.

Ele virá dos irmãos dos israelitas, isto é, os ismaelitas.

Que Deus colocará Suas palavras na boca desse Profeta e que ele declarará o que Deus o ordenar.

Deixe-nos examinar essas três características mais profundamente:

Um Profeta como Moisés

Dificilmente existiram dois profetas que eram tão semelhantes quanto Moisés e Mohammad. A ambos foi dado um detalhado código legal e de vida. Ambos encontraram seus inimigos e foram vitoriosos de formas milagrosas.

Ambos foram aceitos como profetas e estadistas. Ambos migraram em consequência de conspirações para assassiná-los. As analogias entre Moisés e Jesus passam por cima não apenas das semelhanças acima, mas de outras cruciais também. Elas incluem o nascimento natural, a vida familiar e a morte de Moisés e Mohammad, mas não a de Jesus.

Além disso, Jesus foi considerado por seus seguidores como o filho de Deus e não exclusivamente um profeta de Deus, como Moisés e Mohammad foram e como os muçulmanos acreditam que Jesus foi.

Portanto, essa profecia se refere ao Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) e não a Jesus, porque Mohammad é mais semelhante a Moisés do que Jesus.

Também se percebe no Evangelho de João que os judeus estavam esperando pelo cumprimento de três profecias distintas: A primeira era a vinda de Cristo. A segunda era a vinda de Elias. A terceira era a vinda do profeta. Isso fica óbvio no testemunho de João Batista quando os judeus de Jerusalém enviaram sacerdotes e levitas para perguntarem quem ele era. Ele não se negou a confessar, mas admitiu livremente: "eu não sou o Cristo".

Eles lhe perguntaram: "Então quem és tu? Tu és Elias?" Ele disse, "Eu não sou." "Tu és o profeta?" Ele respondeu, "Não". (João 1: 19 - 21)

Se olharmos na Bíblia com referências das cruzadas, encontraremos nas notas de rodapé, onde as palavras "o profeta" ocorrem em João 1:21, que essas palavras se referem à profecia do Deuteronômio 18:15 e 18:18 44. Nós concluímos disso que Jesus Cristo não é o profeta mencionado em Deuteronômio 18:18.

Dos irmãos dos israelitas

Abraão teve dois filhos, Ismael e Isaque (Gênesis 21). Ismael se tornou o avô da nação árabe e Isaque se tornou o avô da nação judaica. O profeta mencionado não era para vir dos judeus, mas de seus irmãos, isto é, os ismaelitas.

Mohammad, um descendente de Ismael, é de fato esse profeta. Também Isaías 42: 1-13 fala do servo de Deus, seu "escolhido" e "mensageiro" que trará uma lei. "Ele não falhará ou será desencorajado até que estabeleça a justiça na terra. Em sua lei as ilhas colocarão sua esperança." (Isaías 42:4). O verso 11 conecta esse aguardado com os descendentes de Kedar. Quem é Kedar? De acordo com Gênesis 25:13, Kedar foi o segundo filho de Ismael, o ancestral do Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz).

Deus colocará Suas palavras na boca desse profeta

As palavras de Deus (o Alcorão Sagrado) foram verdadeiramente colocadas na boca de Mohammad. Deus enviou o anjo Gabriel para ensinar Mohammad as palavras exatas de Deus (O Alcorão) e pediu a ele que as ditasse às pessoas enquanto as ouvia. As palavras não são, portanto, suas. Elas não vieram de seus próprios pensamentos, mas foram colocadas em sua boca pelo anjo Gabriel.

Durante a vida de Mohammad, e sob sua supervisão, essas palavras foram então memorizadas e escritas por seus companheiros. Note que Deus disse na profecia do Deuteronômio: "Se alguém não ouvir as minhas palavras, que o profeta falará em meu nome, eu chamarei esse alguém para prestar contas." (Deuteronômio, 18:19)

Isso significa que quem quer que acredite na Bíblia deve acreditar no que esse profeta diz, e ele é o Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz).

Pilares da Fé

São seis os pilares fundamentais da crença Islâmica. Diferente dos cinco pilares do Islam (cuja prática é obrigatória a todo muçulmano), os seis pilares da fé Islâmica são a base da crença e o muçulmano que não crê neles deixa de acreditar no Islam.

1) Fé em um Deus Único – A crença em Deus

Acreditar em Deus acima de tudo é o primeiro e mais importante pilar. E não é a crença em Deus somente, mas na maneira como ele é descrito através do sagrado Alcorão e dos hadiths do nosso amado Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz).

2) Fé nos Anjos – A crença nos Seus Anjos

O segundo pilar do iman (fé) é a crença nos anjos de Deus. Podendo aparecer na forma de um homem se assim for ordenado, os anjos são mensageiros de Deus e não seus filhos como alguns podem pensar. Eles foram criados a partir da luz, antes do ser humano, com a finalidade de adorarem e obedecerem às ordens de Deus, sem livre escolha. Eles têm muitos postos de trabalho, tais como guardiões, porteiros e trompetistas. Alguns dos nomes dos anjos que conhecemos são Gabriel, Mikael, Israfil e Malik.

3) Fé nos Livros Sagrados - Acreditar nos Seus Livros

O terceiro pilar do iman (fé) é a crença nos livros de Deus. É a crença de que no momento em que estes livros foram enviados para a terra, eles realmente eram uma mensagem de Deus. O único livro que restou em sua totalidade é o Alcorão, porque é a última revelação de Deus para a humanidade. Há cinco livros sagrados no Islamismo: o Livro de Abraão “Suhuf”, o Torá (Torah) enviado para o profeta Musa (Moisés), os Salmos (Zaboor) enviados para o profeta Dawud (David), o Evangelho (Injeel) enviado com o profeta Isa (Jesus) e o Alcorão enviado para o profeta Muhammad (que a paz e benção de Deus estejam sobre ele). Os muçulmanos devem acreditar que todos esses livros foram revelados e não apenas o Alcorão. Porém, com a adulteração dos livros anteriores, apenas o Alcorão deve ser fonte de conhecimento religioso nos tempos atuais, a não ser que tenhamos a oportunidade de ter acesso a autenticidade dos demais livros sagrados.

4) Fé nos Profetas – Acreditar nos Seus Mensageiros

O quarto pilar é a crença nos mensageiros de Deus. 25 profetas foram mencionados no Alcorão. São eles: Adam (Adão), Idris (Enoque), Nuh (Noé), Hud (Éber), Saleh (Selá), Ibrahim (Abraão), Lut (Ló), Ismail (Ismael), Ishaq (Isaque), Yaqub (Jacó), Yusuf (José), Ayub (Jó), Shoaib (Jetro), Musa (Moisés), Harun (Arão), Zulkifl (Ezequiel), Daud (Davi), Sulayman (Salomão), Ilyas (Elias), Al-Yasa (Eliseu), Yunus (Jonas), Zakariya (Zacarias), Yahya (João Batista), Isa (Jesus) e Muhammad. Diz-se que existem inúmeros outros. Muhammad é o último profeta e não haverá nenhum depois dele. É dever dos muçulmanos enviar súplicas (a paz e bênçãos de Deus) quando citam os nomes de qualquer um dos profetas, e a sigla usada é (SWS) que vem acompanhada do nome dos profetas como nosso amado Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz).

5) Fé na Ressurreição e no Juízo Final – A crença no Dia do Juízo Final

O quinto pilar da fé é a crença no dia do juízo final. Este é o dia em que todos serão responsáveis por todas as suas ações; boas ou ruins, grandes ou pequenas. Em nossas vidas, precisamos acreditar que tudo o que fazemos terá influência sobre o dia do juízo final. Ninguém, mas só Deus, sabe quando esse dia vai chegar. Por isso cabe viver cada dia como se fosse o último.

6) Fé na Predestinação – A crença em Al-Qadar (Predestinação)

O último pilar do iman (fé) é a crença na predestinação. Isso significa que tudo em nossas vidas já está escrito. É nosso dever saber que tudo o que Deus quiser vai ocorrer. Também que ele é o criador de tudo, incluindo nossos atos. Deus conhece o nosso passado, presente e futuro. Nossas vidas estão definidas, mas isso não significa que nós não devemos nos esforçar em direção à perfeição. Afinal, Deus sabe de tudo que irá acontecer conosco, mas nós não sabemos e as escolhas do dia a dia são feitas por nós.

Esses pilares são os princípios de nossa fé como muçulmanos, considerando o fato de que os pilares do Islam são a nossa fundação. Acreditar em tudo isso significa que você entenderá o Islam e a sua fé será verdadeira. E assim poderá aceitar o Islam em sua vida com naturalidade e sem arrependimentos.

Pilares do Islam

O primeiro pilar é testemunhar que não há outra divindade além de Deus e que o Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) é enviado de Deus e o último dos profetas.

Segundo pilar é o cumprimento das cinco orações diárias: Alvorada, meio dia, tarde, pôr do sol, e noite!

Terceiro pilar é pagar o Zakat, é um valor pago como caridade obrigatória anualmente para os mais necessitados.

Quarto pilar do Islam é o Jejum do mês sagrado de Ramadan, o nono mês do calendário Lunar Islâmico, da alvorada até o pôr do sol. Além de deixar de comer e beber, é proibido a prática de relações conjugais durante o período de abstinência.

Quinto e último pilar é o Hajj, a peregrinação a Meca uma vez na vida para quem tiver condições.

Abate Halal

Deve ser executado de forma rápida, para que o animal não venha a sofrer com a degola. De acordo com procedimento o fluxo de sangue que iria para o cérebro é interrompido imediatamente, causando a morte instantânea e eliminando dessa forma qualquer, possibilidades de liberação de toxinas que venham a contaminar a carne. Sua execução é realizada em nome de Deus no ato da degola significando o agradecimento pelo alimento enviado, pedindo perdão, já que os animais são degolados para garantir o sustento alimentar humano.

Procedimentos do abate

O animal a ser abatido deve estrar em perfeitas condições físicas;

O abate é executado por muçulmanos, que entendam, o procedimento e regras para realizar a degola de acordo com a lei islâmica;

Os equipamentos devem ser exclusivos para o abate;

A sangria deve ser feita apenas uma vez; a faca não deve descolar do animal;

O ato do abate corta a traqueia, esôfago, artéria jugular, apressando sangramento e a morte do animal diminuindo o sofrimento;

O esgotamento do sangue deve ser espontâneo e total;

Aves só podem ser escaldados, após a confirmação da morte.

O que é Halal?

O Halal é um estilo de vida baseado no Alcorão Sagrado e ensinamentos do profeta Mohammad, (que a paz e as bênçãos de Deus estejam com ele). O Halal baseia-se no consumo de alimentação e produtos saudáveis conforme os preceitos e ética do Islam, concedendo qualidade de vida e contribuindo para um melhor funcionamento corporal e espiritual e para um comércio crescente globalmente.

Mercado Halal no Mundo

A comunidade muçulmana é a mais crescente globalmente. O mercado de alimentos Halal representa 16% de toda a indústria mundial de alimentos e deverá aumentar para 20% no futuro próximo com a Ásia, a África e a Europa representando 63%, 24% e 10%, respectivamente. Embora não tenham sido fornecidos dados oficiais, estima-se que o mercado Halal contribua entre 40 e 100 bilhões de euros para a economia Europeia.

De acordo com o Fórum Mundial de Halal, o comercio global de alimentos e bebidas Halal é estimado em cerca de 1,4 trilhões de Dólares americanos. O Islam é a religião mais crescente do mundo e logo os muçulmanos deverão representar a maior parcela de consumo global em todos os setores.

Quando pensamos sobre a população muçulmana, imagina-se países Árabes do oriente médio. Na verdade, as maiores nações muçulmanas estão localizadas no Sul e sudeste da Ásia. Assim também, na Europa, encontramos um importante mercado Halal com aproximadamente 40 milhões de muçulmanos. Na América do Norte também, os muçulmanos representam um grande número. Nos EUA, há cerca de 9 milhões de muçulmanos, e no Canadá há aproximadamente 800.000. No Brasil, estimasse acerca de 1,5 milhões de muçulmanos.

Por razões de observância religiosa, a carne Halal é a única consumida pelos muçulmanos quando disponível. 75% dos muçulmanos que vivem nos EUA e 84% dos muçulmanos na França, consomem apenas carne Halal.

Ocorrendo a demanda por produtos certificados poderá apresentar um crescimento bem maior, aumentando a necessidade de obter-se o produto cada vez mais em circulação no mercado. O comercio Halal levará o mercado Global para novos horizontes e salva a economia internacional.

Além do seu valor religioso, os muçulmanos são atraídos por alguns dos princípios fundamentais do Islã: preservar a vida, salvaguardar as gerações futuras e manter a autoestima e a integridade. Além disso, a saúde, o respeito pelo bem-estar dos animais e o grau de aculturação também foram observados no Halal.

O Halal não se limite no abate de animais. O Halal abrange outros produtos como: Alimentos em geral, vestuário, confecções, cosméticos, industrializados, farmacêuticos. O Halal também não se limita apenas a questão religiosa. Hoje em dia o Halal se tornou um símbolo de qualidade e estilo de vida. Hoje em dia, o Halal também não se limita a população muçulmana mundial, e sim ao público em geral.